Foto: Polícia Civil RS |
Advogado aponta inconsistências em investigação que relaciona Deise Moura dos Anjos ao envenenamento com arsênio.
A acusação: envenenamento em sobremesa natalina
Deise Moura dos Anjos, 42 anos, é investigada pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul como principal suspeita de envenenar um bolo que resultou na morte de três pessoas em Torres. Segundo os investigadores, o bolo teria sido contaminado com arsênio e servido às vésperas do Natal. Detida no Presídio Estadual Feminino de Torres desde domingo, Deise nega qualquer envolvimento no crime, conforme afirma seu advogado, Cassyus Pontes.
Defesa contesta apuração e pede esclarecimentos
Cassyus Pontes aponta falta de provas consistentes que liguem diretamente sua cliente ao crime. A investigação preliminar indica que o arsênio estava presente na farinha usada na sobremesa, encontrada na residência de Zeli Teresinha Silva dos Anjos, 61 anos, sogra de Deise. Porém, segundo o advogado, não há clareza sobre como o veneno chegou ao local ou de onde a farinha foi adquirida.
"Há lacunas importantes na apuração. Não existe explicação de como a farinha envenenada foi parar na casa da sogra de Deise nem evidências conclusivas que associem o crime à minha cliente," afirmou Pontes.
Relação com a sogra e alegações de conflito
A defesa também destacou que Deise colaborou desde o início das investigações, inclusive mencionando desentendimentos antigos com a sogra. No entanto, Pontes considera "surpreendente" que tais depoimentos tenham motivado a decretação de prisão temporária.
A Polícia Civil sugere que um atrito de décadas entre as duas possa ter servido como motivação para o suposto crime. Apesar disso, o advogado considera tais argumentos frágeis e baseados em relatos sem confirmação robusta.
Com informações Correio do Povo.
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