Irresponsabilidade poderia ter causado uma tragédia em Cachoeirinha

Projétil que caiu próximo de uma criança no bairro Jardim do Bosque
na noite da véspera de Natal

As festas de Natal e Ano Novo são momentos de celebração e alegria, mas práticas irresponsáveis têm transformado o que deveria ser um período festivo em situações de risco e perigo iminente. A combinação entre fogos de artifício e até disparos de armas de fogo exige atenção e conscientização urgente.

Fogos de artifício e adolescentes: Um problema recorrente

É cada vez mais comum, especialmente nas vésperas dessas datas comemorativas, adolescentes e jovens adquirirem bombinhas e rojões de forma clandestina. Embora seja ilegal, a facilidade de acesso a esses produtos preocupa. Não há grupo de WhatsApp de moradores de Cachoeirinha (e acredito que na maioria das cidades do Brasil) que não registre reclamações frequentes sobre o barulho e a perturbação causados. Muitos desses jovens, não costumam estourar as bombas nas ruas onde moram, mas vão para outras ruas para escapar das consequências diretas, incomodando vizinhos que, ainda, enfrentam a negligência dos pais dos envolvidos, que frequentemente, alegam ignorar os atos de seus filhos.

Quando a irresponsabilidade torna-se perigo real

Infelizmente, comportamentos ainda mais perigosos vieram à tona neste Natal em Cachoeirinha. Durante as celebrações na noite desta terça-feira (24), um morador do Jardim do Bosque registrou um incidente que poderia ter resultado em uma tragédia. Um projétil de arma de fogo caiu a poucos metros de uma criança, evidenciando o ápice da irresponsabilidade: disparos para o alto em áreas residenciais. Na tarde de hoje (25) na principal avenida do bairro, a Capitão Garibaldi Pinto dos Santos, eu achei uma cápsula de calibre 9mm na calçada, pela proximidade, possivelmente, do mesmo projétil que causou pânico na noite anterior, mas a certeza só seria possível com um exame de balística.

Cápsula encontrada na Avenida Capitão Garibaldi Pinto dos Santos
em Cachoeirinha - Foto: André Guterres

Atitudes como essa revelam o perigo extremo de ações inconsequentes que vão muito além de barulhos incômodos: a possibilidade real de ferimentos graves ou até mortes. Quem dispara uma arma em celebrações, sem qualquer noção das consequências, coloca em risco inúmeras vidas.

Imagina você estar reunido com sua família para comemorar o nascimento do Salvador e do nada seu filho quase é atingido por um projétil de arma de fogo. Imagine o pânico dos pais e das outras pessoas presentes, indo se esconder dentro de casa com medo de alguém possa ser atingido.

Para mim, só tem uma palavra para definir quem dispara uma arma de fogo para o alto no meio de um monte de casas para comemorar o nascimento do Menino Jesus: IMBECIL.