Foto: Daniel Kazeil/Conab |
Por Catiane Medeiros/Ascom
Iniciativa é liderada pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, com o apoio do Movimento Mundial HeForShe, da ONU Mulheres e do Ministério das Mulheres
Um Manifesto Nacional de Mobilização de Homens Públicos pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e Meninas foi lançado nesta quarta-feira (18) no Palácio do Planalto, em Brasília, reunindo autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, entre elas, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A iniciativa foi liderada pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, que desde 2011 atua na causa. O evento foi promovido pelo Movimento Mundial HeForShe (ElesPorElas), pela ONU Mulheres, pela Conab e pelo Ministério das Mulheres, e também contou com as presenças da ministra Cida Gonçalves e da representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino.
O objetivo é unir esforços e compromissos para ampliar a causa do combate à violência contra as mulheres e meninas. A ideia é estimular homens públicos a lançarem manifestos em todos os estados do país e pactuar ações que possam contribuir com a redução dos casos de violência. "Há uma compreensão de que a violência contra as mulheres é praticada pelos homens. Por isso a necessidade de reconhecer o machismo enraizado na sociedade. Essa realidade violenta exige um compromisso ativo dos homens, que, frequentemente, optam pelo caminho mais cômodo, perpetuando o sofrimento feminino. É isso que queremos mudar", afirma Pretto.
Entre as autoridades que assinaram o documento, além de Pretto e Alckmin, estão o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogério Schietti Cruz; os ministros do governo Lula, Wellington Dias (MDS) e Paulo Pimenta (Secom); o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; parlamentares e representantes de estatais e de autarquias federais. Do Rio Grande do Sul, também aderiram ao manifesto os deputados da bancada federal do PT; o senador Paulo Paim; o defensor público-geral do Estado, Nilton Leonel Arnecke Maria, que representou o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege); e o juíz militar Fábio Duarte Fernandes, que representou a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
Segundo informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, o Brasil registrou um estupro a cada seis minutos em 2023, sendo que 70% das vítimas são meninas menores de 14 anos e 64% dos agressores são familiares. Além disso, 1.467 mulheres foram mortas pelo fato de serem mulheres. No ranking dos cinco estados com maior índice de feminicídios estão São Paulo (221), Minas Gerais (183), Bahia (108), Rio de Janeiro (99) e Rio Grande do Sul (87).
Por meio do manifesto, os signatários declaram apoio incondicional às vítimas e se comprometem a fomentar iniciativas e ações de enfrentamento à violência, além de fortalecer organizações e políticas públicas de proteção e respeito aos diretos das mulheres e meninas. O manifesto também simboliza a mobilização de homens públicos pelo Feminicídio Zero e atuação em situações de abuso e violência, promovendo uma cultura de respeito e igualdade em todos os espaços.
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