Foto: Agência Brasil
A cada 100 mil pessoas que moram no Rio Grande do Sul, 205,4 residem em asilos ou instituições de longa permanência para idosos. No Brasil, essa relação é de 79,2 a cada 100 mil. O Estado é o único no país em que essa relação passa dos 200. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que lançou neste mês de setembro um novo panorama do Censo Demográfico 2022, a respeito de domicílios.
O levantamento traz número e perfil de moradores por tipo de domicílio particular improvisado e por tipo de domicílio coletivo, bem como o número de domicílios vagos e de uso ocasional. Os asilos se encaixam nesta categoria. Foram contabilizadas em 2022, no total, 22,3 mil pessoas vivendo em asilos ou instituições de longa permanência para idosos no RS. O Estado segue como a unidade federativa com a população mais idosa. Naquele ano, o RS tinha 2.193.416 pessoas com 60 anos ou mais, o equivalente a 20,15% da população.
Dos gaúchos que residem nesses locais, 49,5% possuem 80 anos ou mais, sendo que a maioria são mulheres. Dessas 22,3 mil pessoas no RS, 66,7% são mulheres (14,9 mil). Estes números vêm ao encontro da proposta do deputado estadual Airton Artus (PDT), que criou o projeto de lei Terceira Idade com Dignidade, que visa à criação de um programa de acolhimento à pessoa idosa em estado de vulnerabilidade física ou social, que necessite de internação em casa geriátrica privada.
Esta inserção do idoso no residencial geriátrico particular ocorreria a partir do sistema de parceria tripartite, que consiste na divisão da responsabilidade entre estado, município e beneficiário. E é também uma forma de garantir que a lei federal já existente possa ser executada. O projeto de lei foi protocolado na Assembleia Legislativa em 1° de julho de 2024 e, para se beneficiar, o idoso que componha o núcleo familiar não pode ter renda per capita na família superior a um salário mínimo e meio.
“Esses números comprovam que o Rio Grande do Sul é o Estado mais velho e com maior percentual de idosos no país. Fortalece ainda mais nosso projeto de lei, fazendo com que os envolvidos tenham um olhar diferente no sentido de dar um passo no avanço de direitos e conquistas para a melhora na qualidade de vida da pessoa idosa”, constatou o deputado Airton Artus.
Foto: Rui Borgmann/AI Airton Artus
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