Atraso de linguagem, padrões repetitivos de comportamento e dificuldade em expressar emoções estão entre os sinais que podem significar um diagnóstico de autismo. Além disso, quanto mais cedo houver diagnóstico e estimulação precoce, melhor será o desenvolvimento do autista.
Por Ascom/Clínica Maranatha - foto: divulgação
O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação e o comportamento e pode apresentar diversos sintomas e diferentes níveis de necessidade de suporte. Porém, reconhecer os sinais precoces do autismo é crucial para garantir intervenções e suporte adequados. Estes sinais podem se manifestar em pequenas ou grandes ações da rotina de uma criança.
Nara Effel, CEO da Clínica Maranatha, especializada em autismo, explica que "embora cada criança seja única, existem alguns sinais comuns que os pais podem observar. Os padrões repetitivos de comportamento são um desses sinais e podem aparecer em detalhes. Por exemplo, ao em vez de brincar com um brinquedo da maneira pretendida, a criança foca em partes isoladas dele, como girar as rodas de um carro de brinquedo repetidamente. Se situações como essa são rotina, merecem atenção".
Suellen Daer de Paula é mãe do Pietro Daer Araújo Castelo, que realiza tratamento multidisciplinar na Clínica Maranatha, e relata como notou os sintomas no filho até chegar ao diagnóstico do autismo: "comecei a investigar o Pietro desde os 6 meses de vida dele, quando eu vi que a introdução alimentar estava sendo muito complicada. Então, quando ele completou dois anos, tivemos o diagnóstico de autismo".
Há alguns sinais que podem auxiliar a perceber a manifestação do autismo:
Atraso na linguagem ou na comunicação: crianças com autismo podem apresentar atrasos na fala ou na linguagem. Isso pode se manifestar como falta de balbucio em bebês ou falta de desenvolvimento de palavras, ou frases em crianças mais velhas.
Dificuldade com a comunicação não-verbal: além da linguagem verbal, crianças autistas podem ter dificuldade em entender e usar gestos, expressões faciais e contato visual adequado durante interações sociais.
Padrões repetitivos de comportamento: Muitas vezes, crianças autistas desenvolvem padrões repetitivos de comportamento, como movimentos recorrentes do corpo (balançar as mãos, balançar o corpo), fixação em rotinas específicas ou interesse intenso em certos objetos, ou em partes deles.
Sensibilidade sensorial: isso pode incluir uma aversão a certos sons, texturas, cheiros ou luzes, ou uma busca intensa por estímulos sensoriais específicos.
Dificuldade em entender ou expressar emoções: crianças autistas podem ter dificuldade em entender as emoções dos outros ou em expressar suas próprias emoções de maneira socialmente esperada. Isso pode levar a dificuldades nas interações sociais e na compreensão de emoções.
"É importante destacar que nem todas as crianças com autismo exibirão todos esses sinais, e os sintomas podem variar amplamente em intensidade. Além disso, alguns sinais podem se tornar mais evidentes à medida que a criança cresce e enfrenta novas situações sociais e acadêmicas", relata Nara.
Se os pais ou cuidadores estiverem preocupados com o desenvolvimento de uma criança, é fundamental procurar a avaliação de um profissional de saúde qualificado, como um pediatra ou um especialista em desenvolvimento infantil. Quanto mais cedo o autismo for identificado, mais cedo a criança poderá receber intervenções e apoio adequados para alcançar seu pleno potencial. "É fundamental que os pais confiem em seus instintos e procurem orientação se notarem algo incomum no desenvolvimento de seus filhos", finaliza a CEO da Clínica Maranatha.
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