Hoje eu quero compartilhar com vocês uma experiência que vivi nesta semana e que me fez valorizar ainda mais o bom atendimento na saúde. Eu também quero expressar a minha gratidão a todos os profissionais que me atenderam com dedicação e competência em um momento de muita dor e angústia.
Na madrugada de terça-feira (26), eu acordei com fortes dores no abdômen, uma dor lancinante que não me permitia ficar sentado, deitado ou de pé. Eram 3h45 quando cheguei na UPA no Jardim do Bosque em Cachoeirinha. A UPA estava vazia e fui rapidamente atendido na triagem e pelo médico de plantão. Ele me encaminhou para receber analgésico via intravenosa, mas a dor era tão grande que tive de tomar uma segunda dose. Como a dor não passou, voltei ao atendimento médico, onde o médico da troca de plantão me examinou novamente e autorizou a terceira dose de analgésicos. Ele também me orientou a procurar um hospital com serviço de imagem, pois aparentemente eu estava com problemas na vesícula. Saí da UPA eram 6h30 e a dor só tinha diminuído um pouco.
Por volta das 8h, fui até Porto Alegre, onde consultei no hospital do convênio, e o médico de plantão solicitou um exame de imagem de urgência. Eu acabei fazendo uma ecografia abdominal, que constatou pedras de 1cm na vesícula. A médica que realizou o exame ainda sugeriu exames complementares no laudo para que se confirmasse se havia ou não infecção. O médico me orientou que agendasse em urgência a consulta com um cirurgião-geral para que ele analisasse o laudo e marcasse a cirurgia, caso necessário. A equipe de atendimento me explicou que eu não poderia ir direto aos hospitais de referência porque o plano resolveu que primeiro o paciente tem de passar pelas clínicas próprias do plano e caso não seja possível atender no local, eles encaminhariam para os hospitais de grande porte. Essa situação eu vou relatar para a Agência Nacional de Saúde, pois me pareceu uma burocracia desnecessária e prejudicial. Eu tomei nova medicação via intravenosa e daí a dor foi controlada. Eu recebi uma receita para medicação em casa até a consulta, que a recepcionista disse que iria marcar e me retornar (o que não ocorreu).
Na manhã de quarta tentei marcar a consulta de urgência com o cirurgião, onde ao entrar em contato com o SAC do convênio, me orientaram a mandar a solicitação do médico por e-mail.
Mas na parte da tarde, a dor começou a voltar, e eu resolvi procurar o hospital Dom João Becker em Gravataí. Entrei às 18h, pois antes disso eu teria de ir à clínica do convênio, onde só seria medicado, pois a consulta com o cirurgião me foi ofertada para o DIA 2 DE JANEIRO. Fiz a triagem no HDJB, fui atendido pelo médico plantonista, onde levei o exame de imagem, e o mesmo resolveu pedir uma tomografia e exames de sangue e urina. Eu recebi novamente medicação para dor, que foi muito eficaz enquanto eu esperava para fazer os exames. Eu não esperei muito para fazer a tomografia, onde eu aguardei a minha vez juntamente com os usuários do SUS. Foi bem rápido. Fiz os exames de sangue e urina e por volta das 23h30 o médico me avisou que eu estava com a vesícula inflamada e me passou para o cirurgião de plantão. Ele me deu as opções de tratamento: ou eu ficava internado naquela noite para operar no outro dia, ou eu voltava para casa, tomava antibióticos por alguns dias e voltava para a cirurgia. Eu optei pela internação, pois eu não queria enfrentar a dor por mais dias. Eu acabei entrando às 2h no quarto 219, onde eu recebi todos os cuidados necessários.
Na quinta (28), por volta das 14h30, eu entrei no bloco cirúrgico, e às 20h20 eu acordei na sala de recuperação com uma caixinha de "britas" que foram retiradas de mim. Às 21h, eu estava voltando para o quarto, e na manhã desta sexta-feira, por volta das 10h, eu recebi alta. Mais os preparativos de saída, eram 11h30 quando eu deixei o HDJB.
Eu quero deixar o meu agradecimento ao médico plantonista que me atendeu na emergência (que por um lapso eu esqueci o nome), ao pessoal da enfermagem da emergência, a Tamara, Mônica e a Jessica, e da enfermagem da internação, Camila, Renata, Eduarda, Larissa e a moça que me levou para o bloco, e que pegou nas minhas mãos e pediu para fazer uma oração por mim. Algo que achei de uma empatia enorme. Ao Dr. Rodrigo Pozza que me operou e à Drª Rafaela Paulino da sua equipe. Obrigado ao hospital Dom João Becker pelo atendimento de excelência de sua equipe de profissionais, em verdadeiro padrão Santa Casa de qualidade.
Eu estou me recuperando bem e em casa, seguindo as orientações médicas e tomando os remédios prescritos. Eu também espero que vocês cuidem da sua saúde e procurem ajuda médica sempre que necessário.
Por André Guterres
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