Teatro conscientiza crianças e jovens sobre abuso e exploração sexual em Cachoeirinha




Duas peças foram encenadas nesta quarta-feira, no auditório do Cesuca, para alunos da rede municipal de ensino.


Nesta quarta-feira, 17, quase 300 estudantes da escola municipal Ivo Rech assistiram a apresentações teatrais que abordaram temas como abuso sexual infantil, exploração sexual, respeito e cuidado com o corpo e formas de denunciar violações. Pela manhã, o espetáculo “No meu corpo não” abordou os temas de forma mais lúdica, protagonizado pelo palhaço Tintino, pois é voltada a crianças de seis a dez anos; já à tarde, a peça “Quando o segredo gritar”, voltada para o público de 11 a 14 anos, tratou os temas de forma mais dramática.

SIGA o Info do Vale no Instagram (clique aqui) e no Facebook (clique aqui).

A atividade, promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (SMASC) e realizada pelo Teatro Social, com texto, direção e interpretação de Antônio Lopes, ou Tio Tony, já foi assistida por mais de 30 mil crianças nos três estados do Sul, e encantou o público de Cachoeirinha também. As crianças participaram ativamente do espetáculo, gritando quando a vítima estava em perigo, vaiando o vilão e aplaudindo muito quando ele foi preso no final da história. A coordenadora de Proteção Social Especial da SMASC, Simone Moraes, conta que ações como esta “são fundamentais para conscientizar as crianças e os jovens sobre o que é um carinho normal e o que é abuso, além de saber que pode e deve denunciar, e como fazer isso. Sempre há denúncias após este tipo de atividade”.

As apresentações, realizadas no auditório do Centro Universitário Cesuca, fazem parte da programação de aniversário de Cachoeirinha e são alusivas a 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes.


Teatro Social

Em “No meu corpo não”, o palhaço Tintino encontra uma flor murcha e solitária. Com pena da florzinha, ele faz de tudo para animá-la. Brinca de roda, joga água nas pétalas, passeia, vai à sorveteria, ao cinema, ao parque de diversão, até deixá-la feliz. Mas, quando a flor retorna para casa, o seu cuidador brinca com ela de forma estranha. Toca em locais que a deixa sentindo-se mal, pede segredo e ameaça lhe arrancar as pétalas, se ela contar para alguém. Após o espetáculo acontece uma conversa com as crianças sobre as cenas do espetáculo e atitudes que devem ser tomadas quando uma criança ficar confusa com determinados toques no seu corpo.

“Quando o segredo gritar” é a história da Maninha, cuidadora do idoso que foi seu abusador quando criança: “naquela noite chuvosa, a bronquite e a asma pioraram e ‘Ele’, como a Maninha consegue chamá-lo, exigiu mais atenção do que já vinha demandando. O barulho das chaves chacoalhando e batendo insistentemente na guarda da cama para pedir remédio, toda vez que a tosse piorava, parece que invadiram a cabeça de Maninha. Inesperadamente lhe trouxeram lembranças de sua infância, dos abusos que sofria. Logo após surge a lembrança da professora que foi sua melhor amiga, visto que foi a única pessoa que lhe acolheu”, diz a sinopse.


Redação: Vanessa Martins

Postar um comentário

0 Comentários