Cachoeirinha tem equipe que faz abordagem social com moradores de rua



Comunidade pode colaborar acionando a Assistência Social.


O Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SMCAS), realiza três visitas por semana à população em situação de rua, atendendo denúncias da comunidade e também fazendo vistoria em locais onde normalmente pessoas utilizam para se abrigar. Um deles é o Hospital Padre Jeremias.

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Na manhã desta quarta-feira, 10, a equipe formada pela assistente social Cláudia Alves, pelo coordenador do Albergue Municipal André Rodrigues e pelo coordenador do CREPOP (Centro de Referência de População Adulta de Rua) Paulo Júnior saiu a campo e foi recebida pela assistente social do Hospital, Tatiana Farias Manduré: “existe um grupo de pessoas que utiliza o espaço do saguão do Hospital para passar a noite. Quando são convidados a irem embora, há os que defendem a sua permanência, há outros que se sentem incomodados. Temos que dialogar e tentar convencer de que para pernoitar existe o Albergue”.


Conforme André Rodrigues, as pessoas abordadas são convidadas a acessar os serviços da Assistência Social: o Albergue, onde se pode pernoitar, tomar banho, jantar e tomar café da manhã; e o CREPOP, que funciona durante o dia e onde as pessoas podem fazer oficinas e recebem atendimentos específicos, como encaminhamento de documentos, corte de cabelo, atividades recreativas e outras ações realizadas por voluntários. “Recebemos denúncias da população e muitas vezes elas simplesmente querem que a gente retire a pessoa dali, mas não podemos. Ela tem o direito de estar ali. A rua é um local público. E, por mais cruel que seja passar frio, chuva e todas as dificuldades de estar na rua, as pessoas têm o direito de estarem ali. Nós conversamos e oferecemos os serviços. Se ela aceitar, nós a levamos até o albergue, mas no dia seguinte ela volta”, explicou. Hoje, cerca de 95% da população de rua possui dependência química e este é um dos fatores de estarem longe das famílias. Outro grande problema é que elas se mantêm na rua porque recebem comida, roupa e dinheiro. “Isso dificulta demais o nosso trabalho, já que não há uma adesão do usuário às políticas públicas que desenvolvemos”, destacou a assistente social Cláudia Alves.

Segundo o coordenador Paulo Júnior, há hoje cerca de 30 pessoas que são atendidas no Albergue e em torno de 25 no CREPOP. Com a chegada do inverno, a SMCAS prevê a possibilidade de ampliação das vagas e também a intensificação da busca ativa da população de rua através do projeto Oásis, cuja primeira edição aconteceu ano passado.

A comunidade pode auxiliar doando roupas masculinas, artigos de cama e banho e colchões. Voluntários também podem oferecer serviços no espaço do Crepop.



Acolhimento

A equipe que atua no acolhimento conta com duas assistentes sociais, oito monitores, dois educadores sociais, quatro guardas municipais e uma psicóloga. O Albergue/Crepop fica na rua Missões, 760, bairro Vista Alegre. Informações podem ser obtidas pelo telefone: 3471-1299.




Redação: Vanessa Martins
Fotos: Vanessa Martins e André Rodrigues

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