Foto:divulgação/PC
Publicado em 10/04/2023 - 18h28
A Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (3ª DIN), subordinada ao Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), realizou a operação Via Expressa que iniciou na madrugada de sábado com desdobramento das ações até a manhã do domingo de Páscoa (9), desmantelando um esquema de tráfico de drogas interestadual que utilizava transportadoras.
Segundo o delegado Gabriel Borges, a investigação iniciou há 90 dias após uma série de grandes apreensões de drogas realizadas pela 3ª DIN, resultando na apreensão de mais de 3 milhões de reais em prejuízo ao crime organizado, além de 32 quilos de cocaína pura e 28 quilos de crack. À medida que a investigação avançou, foi descoberto que grupos criminosos do Rio Grande do Sul estavam recrutando caminhoneiros para transportar drogas dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina para o Rio Grande do Sul.
No monitoramento, foi constatado que a carga legal transportada pelas empresas permanecia separada em compartimentos específicos, enquanto os motoristas aliciados transportavam as drogas na cabine do motorista, para evitar chamar a atenção das empresas e da polícia.
Além disso, a rota dos motoristas não era alterada, o que aparentava ser uma atividade lícita. A investigação revelou que o transporte das drogas ocorria semanalmente, totalizando aproximadamente meia tonelada de entorpecentes mensais. Na data dos acontecimentos, a equipe de investigação recebeu informações de que uma carreta faria uma entrega de crack em um posto próximo ao pedágio de Gravataí.
Na cabine do motorista, foram apreendidos 32 quilos de cocaína pura e 28 quilos de crack, totalizando 60 quilos de droga e causando um prejuízo de mais de 3 milhões de reais ao grupo criminoso que havia encomendado o entorpecente. O motorista, sem antecedentes criminais e residente em Curitiba, admitiu que recebeu 4 mil reais para realizar o transporte da droga. O delegado relatou que a cocaína apreendida era de origem peruana e possuía um alto grau de pureza, o que poderia render até 5 vezes a quantidade original ao crime organizado após passar por processos químicos.
O Diretor-Geral do Denarc, delegado Carlos Wendt, destacou a importância da apreensão realizada durante o feriadão de Páscoa, impedindo a distribuição de uma abundante quantidade de substâncias entorpecentes em pontos de venda de drogas no Estado do Rio Grande do Sul.
Para denúncias, o Disque-Denúncia do Denarc está disponível no telefone 0800 518 518.
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