CACHOEIRINHA: O preço da passagem caiu, mas e os ônibus?




Iniciou nesta quarta-feira, 09, a redução do valor do transporte público municipal de Cachoeirinha.


Através de um projeto de Lei nº 4800/22 apresentado pela Prefeitura e aprovado pela Câmara de Vereadores, a empresa Transbus vai receber repasses de recursos públicos municipais para o subsídio da passagem. A passagem baixou de R$ 4,60 para R$ 3,75.


Com a pandemia, o transporte coletivo teve uma forte diminuição com as restrições impostas pelos governos estaduais e municipais em todo o Brasil. Gerando um forte impacto no serviço de transporte público.

Mas não foi somente isso que impactou o serviço, nos últimos anos os usuários do transporte público migraram para os aplicativos de transporte individual pela qualidade do serviço, pela disponibilidade imediata, pelo conforto e para não ter de ficar horas esperando um ônibus aos finais de semana por exemplo.

Agora cabe a prefeitura de Cachoeirinha informar se teremos ou não mais ônibus circulando nas ruas. Mas o informe oficial do município não menciona nada a respeito.


E os ônibus?


Mas as reclamações pela ausência de ônibus permanecem. Uma dona de casa informou que ficou 40 minutos esperando um ônibus da linha Granja na manhã de hoje e quando veio estava lotado. O mesmo se repetiu com um aposentado que continua exercendo a profissão de porteiro para complemento de renda, ele disse que nada mudou ao ir ao trabalho hoje de manhã. "Ônibus continua demorando e vindo cheio", comentou ele em tom de lamentação. Ele também é usuário da linha Granja.

Outra reclamação recorrente é o grande número de lotações em relação aos ônibus. Forçando os passageiros a pagarem a mais para chegar mais rápido ao seu destino. Sem falar nas reclamações referentes aos "mini ônibus" usados pela Transbus. Veículos menores que lotam mais rapidamente, deixando os passageiros espremidos e sem conforto.


O custeio do dinheiro público para a empresa


Segundo a excelente explicação da jornalista Andressa de Bem e Canto, da prefeitura de Cachoeirinha, o custeio do serviço de transporte coletivo observará a proporcionalidade relativa ao número de passageiros, ao custo do serviço, e aos critérios de qualidade previstos nos contratos e na legislação. O valor nominal do subsídio será calculado através da diferença entre a tarifa técnica e a tarifa social cobrada do usuário, multiplicado pelo número de passageiros totais transportados, através da seguinte fórmula: VSM = (TT – TS) X PM; sendo VSM – Valor do Subsídio Mensal; TT – Tarifa Técnica; TS – Tarifa Social cobrada do usuário; PM – Total de passageiros mensal.

O subsídio a ser repassado para a empresa concessionária do transporte coletivo em Cachoeirinha, a Transbus, está diretamente relacionado ao número de passageiros transportados. O Valor do Subsídio Mensal (VSM) é calculado em razão do número de usuários do transporte público: quanto menor o número de passageiros (Índice de Passageiros por Quilômetro – chamado de IPK), maior o impacto na majoração da tarifa; da mesma forma, quanto maior o número de usuários, menor o valor da tarifa.

O número de passageiros será obtido através de relatório extraído da bilhetagem eletrônica, a ser encaminhado pela empresa à Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade. A cada quatro meses, a Secretaria deverá confrontar se o valor projetado de passageiros do período correspondeu à quantidade devidamente aferida pela bilhetagem eletrônica, prevendo adequações do subsídio para mais ou para menos. O valor do subsídio respeitará a proporção para a manutenção do equilíbrio econômico financeiro do Sistema de Transporte Coletivo de Cachoeirinha.


Via Redação Info do Vale Notícias
Com informações da PMC - Foto: Fernando Planella



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