Por Clara Manganelli
04 de agosto de 2021
Nos meus últimos três textos, falei, respectivamente, sobre porta, escolha e poder da palavra. Hoje falarei sobre os ciclos.
A vida é feita de ciclos... um se encerra para que outro se inicie e assim por diante.
Quando encerramos um ciclo por conta própria e tudo caminha para que assim seja, é ótimo, é tranquilo e é libertador. Sentimos até aquele quentinho no peito, aquela boa sensação de dever cumprido e ponto, está encerrado!
Algumas vezes, um novo início é imediato, outras vezes nem tanto.
Algumas vezes, todas as partes envolvidas encerraram, mas nós não. Queremos manter o ciclo, queremos o fluir dele, a energia, a ação. Só que já foi, nos perdemos em algum momento ali, não há mais caminho para trilhar, é necessário uma parada forçada, uma freada que faz com que mudemos a direção. Então vem o choque, vem a sensação de estarmos perdidos e pensamos: E agora? Para onde irei?
A maioria detesta esta parte, digo que esta é a melhor! Não, não estou louca, é que a verdade é que só nos reinventamos, nos transformamos, quando perdemos o chão, quando ficamos para trás, quando alguém encerra o ciclo sem nos avisar, só assim caímos na real, só assim que olhamos para dentro de nós mesmos e enxergamos nossa miserabilidade e também plenitude.
Somos complexos, inacabados, a evolução deve ser uma constante em nossa vida, para que consigamos sempre alcançar o que queremos, mas principalmente, para que a gente cresça.
Um ciclo se encerra para que outro se inicie, sejam os que trazem experiências maravilhosas, sejam os que nos prendem negativamente, sejam por suas mãos ou não, liberte-se do passado, aceite com gratidão o presente, continue trilhando o seu caminho para o futuro e se abra para os novos acontecimentos da sua vida.
Afinal, de ciclo em ciclo, de caminho em caminho, de busca em busca é que acontece dentro de si a revolução e se conquista os maiores aprendizados.
Sejamos gratos aos ciclos, aos inícios, aos meios e afins.
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