Por Nilton Moreira
Existem situações na vida que nos impactam, e a provação é uma delas. É algo que de um momento para outro nos acomete e que temos de enfrentar, pois faz parte de nossa trajetória na vida.
As provações podem vir individualmente ou coletivamente. Individual quando acontece apenas com uma pessoa e coletivamente quando atinge um grupo, um país, ou até mesmo o mundo como está acontecendo agora em meio a pandemia.
Mas as provações não quer dizer que sejam apenas coisas desagradáveis. Pode acontecer que algo se apresente a nós que não seja angustiante. Um exemplo? Temos dificuldades financeiras e somos promovidos no emprego com um bom salário, ou ganhamos uma soma grande na loteria. O dinheiro que aportará em nossa vida possibilitará nossa melhoria, mas ao mesmo tempo teremos uma responsabilidade a mais, administrar a quantia perante outras pessoas que passam dificuldades. Esta importante tarefa de administrar é que enseja a provação.
Nos dias de hoje nossa provação coletiva tem sido bastante angustiante, pois se não bastasse a ansiedade de tentar sobreviver a pandemia, pois está sendo longa a espera para que as vacinas cheguem até nós, também enfrentamos o isolamento, a tristeza de nos separarmos das pessoas que amamos, seja por não poder visitá-las, abraçá-las ou pelo passamento, afinal até agora temos no Brasil quase 540 mil mortos, mas cada uma dessas vítimas representa no mínimo mais três com angústia e tristeza da separação, concluindo então que choram o passamento muito mais pessoas. É também agravada pela longa trajetória de recuperação dos doentes e sequelas que ficam, agravado ainda por saber que muitas vacinas foram aplicadas com validade vencida e outros irmãos faleceram por falta de oxigênio, ou pela espera de um leito especializado.
Certamente os que dão causa às provações que temos de passar serão responsabilizados pela Lei de causa e efeito contida nos desígnios do Criador, pois se somos obrigados a enfrentar com resignação as provações, aqueles que as geram em cada modalidade pelas quais se apresentam a nós, tem a responsabilidade da ação.
As provações não podem ser deixadas de ser passadas, e não adianta nos rebelarmos pois seria o mesmo que ir contra o que o Pai permite que aconteça. Somos os impulsionadores de nossas provações em razão de atitudes equivocadas que tomamos nesta vida.
Cabe apenas cumprir e pedir a Deus a força para transpor o fardo que chega até nós. Fé acima de tudo.
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