A Vigilância em Saúde já realizou 3.625 visitas para combater o agente causador da dengue, chikungunya e zika
As ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti têm como objetivo mobilizar a população para que se consciente sobre a importância da limpeza para a redução dos focos de água parada, ambientes propícios para a proliferação do mosquito. “Dengue, chikungunya e zika são transmitidas pelo mesmo mosquito e têm sintomas parecidos, embora as sequelas da chikungunya as vezes sejam irreversíveis”, explica o coordenador de vigilância em Saúde, Gelson Braga.
Neste início do ano, mais de 3.625 visitas foram realizadas em Cachoeirinha. Agentes comunitários que atuam nos Postos de Saúde percorrem os bairros e estão orientado a comunidade sobre a importância de diminuir os focos com água parada.
O que é dengue?
Dengue é uma doença febril grave causada por um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.
O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver dengue grave e outras complicações que podem levar à morte. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo tratada.
Quais são os sintomas da dengue?
Os principais sintomas da dengue são:
-Febre alta > 38.5ºC.
-Dores musculares intensas.
-Dor ao movimentar os olhos.
-Mal estar.
-Falta de apetite.
-Dor de cabeça.
-Manchas vermelhas no corpo.
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.
Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
São sinais de alarme da dengue os seguintes sintomas:
-Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome.
-Vômitos persistentes.
-Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico).
-Sangramento de mucosa ou outra hemorragia.
-Aumento progressivo do hematócrito.
-Queda abrupta das plaquetas.
Dengue tem cura?
A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depois de 10 dias. A principal complicação é o choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco.
Como toda infecção, pode levar ao desenvolvimento Síndrome de Gulliain-Barre, encefalite e outras complicações neurológicas.
Transmissão da dengue
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti ( que também transmite a Zika, Febre Amarela e a Chikungunya). Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. Há registro de transmissão por transfusão sanguínea.
Não há transmissão da mulher grávida para o feto, mas a infecção por dengue pode levar a mãe a abortar ou ter um parto prematuro, além da gestante estar mais exposta para desenvolver o quadro grave da doença, que pode levar à morte. Por isso, é importante combater o mosquito da dengue, fazendo limpeza adequada e não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, pneus ou outros recipientes que possam servir de reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Em populações vulneráveis, como crianças e idosos com mais de 65 anos, o vírus da dengue pode interagir com doenças pré-existentes e levar ao quadro grave ou gerar maiores complicações nas condições clínicas de saúde da pessoa.
O que é Zika Vírus?
O vírus Zika é um arbovírus. Arbovírus são os vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente mosquitos. A doença pelo vírus Zika apresenta risco superior a outras arboviroses, como dengue, febre amarela e chikungunya, para o desenvolvimento de complicações neurológicas, como encefalites, Síndrome de Guillain Barré e outras doenças neurológicas. Uma das principais complicações é a microcefalia. A doença inicia com manchas vermelhas em todo o corpo, olho vermelho, pode causar febre baixa, dores pelo corpo e nas juntas, também de pequena intensidade
O transmissor (vetor) do Zika vírus é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para proliferar, portanto, o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, épocas quentes e úmidas. No entanto, o cuidado com a higene e a conscietização de não deixar água parada em nenhum dia do ano são fundamentais, tendo em vista que os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano até encontrar as condições propícias para desenvolvimento.
Quais são os sintomas do Zika Vírus?
Os sintomas mais comuns associados ao vírus Zika são:
-“Vermelhão” em todo o corpo com muita “coceira” depois de alguns dias.
-Febre baixa, muitas vezes não sentida.
-Conjuntivite (olho vermelho) sem secreção.
-Mialgia e dor de cabeça.
-Dor nas juntas.
Todos os sintomas são de intensidade de leve a moderada.
O que é Chikungunya?
A Febre pelo vírus Chikungunya é um arbovírus. Arbovírus são aqueles vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente mosquitos, mas tambem pode ser um carrapatos ou outros. O transmissor (vetor) do chikungunya também é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para proliferar, portanto, o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região. No entanto, é importante manter a consciência e hábitos sadios de higiene para evitar possíveis focos/criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que pode ter ovos resistindo por um ano até encontrar as condições favoráveis de proliferação (tempo quente e úmido).
IMPORTANTE: Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis ao vírus Chikungunya, porém as pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver a dor articular (nas juntas) crônica e outras complicações que podem levar à morte. O risco de gravidade e morte aumenta quando a pessoa tem alguma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mesmo tratada.
Quais são os sintomas da chikungunya?
Os principais sintomas da chikungunya são:
-Febre.
-Dores intensas nas juntas, em geral bilaterais (joelho esquerdo e direito, pulso direito e esquerdo, etc).
-Pele e olhos avermelhados.
-Dores pelo corpo.
-Dor de cabeça.
-Náuseas e vômitos.
Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Normalmente, os sintomas aparecem de dois a 12 dias da picada do mosquito, período conhecido como incubação.
Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.
IMPORTANTE: Como toda infecção, a chikungunya pode desenvolver a Síndrome de Gulliain-Barre, encefalite e outras complicações neurológicas.
Combata a proliferação do Aedes aegypti
Assim como a dengue, zika e febre amarela, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos Aedes aegypti nas suas casas, trabalhos e na vizinhança.
Nesse contexto, a melhor prevenção, sendo esta a principal e mais eficaz, é evitar a proliferação do Aedes aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos como tampas de garrafas.
Com informações PMC e Ministério da Saúde - Foto: Agência Brasil
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