Evento organizado pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (CCDH)ocorreu na noite desta quinta-feira
Texto/foto: André Guterres
Nos últimos anos, os casos de feminicídio cresceram assustadoramente no Brasil. E Cachoeirinha não está longe dessa triste realidade, pois recentemente uma professora foi assassinada pelo marido, que logo depois se suicidou no bairro Eunice.
Essa triste realidade motivou a Fernanda Lopes de Almeida do Movimento das Mulheres Republicanas de Cachoeirinha, a solicitar ao deputado estadual Sergio Peres, presidente da CCDH, para que a cidade recebesse uma audiência pública sobre o tema.
O público do evento era formado principalmente por estudantes da faculdade Cesuca e do curso de Magistério do Instituto Estadual de Educação Princesa Isabel, integrantes de Clubes de Mães da cidade, aposentadas e donas de casa. Os homens também marcaram presença na platéia.
A escrivã Elisângela Tresoldi, falou da implantação da Sala Lilás, nas dependências da 2ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, para atender as mulheres vítimas de violência. Um local reservado onde as mulheres podem fazer seu registro de ocorrência sem se sentirem constrangidas. O espaço conta com uma estagiária de Direito, cedida pela Prefeitura. Elisângela também relatou sobre a triste realidade das mulheres que muitas vezes não abandonam os agressores por causa dos filhos ou por não ter onde ir morar.
A soldado Regiane Rios Santana do 26º BPM da Brigada Militar falou sobre o trabalho da Patrulha Maria da Penha, da qual é integrante e funciona em Cachoeirinha desde 2014. Em 2019, a Patrulha Maria da Penha fez 182 atendimentos em Cachoeirinha, e foram realizadas 360 visitas a essas mulheres vítimas de violência. Rios ressaltou a importância do trabalho de acolhimento realizado pela Brigada Militar.
O presidente da CCDH, deputado Sergio Peres (Republicanos) falou da importância não só de combater o feminicídio, mas também do governo dar o devido acolhimento as mulheres vítimas de violência e aos seus filhos, inclusive com a opção de que possam sair de casa e ter um local seguro onde possam morar. Peres falou que Cachoeirinha é a quinta cidade a receber essa audiência pública e a próxima é Santa Maria. "No comando da CCDH, decidi ampliar a atuação da comissão. Temas relacionados a proteção as mulheres, aos idosos, crianças e pessoas que precisam de medicamentos especiais passaram a ser o foco dessa comissão", comentou Sergio Peres.
O evento contou com as presenças do deputado estadual Airton Lima, Vice-presidente da CCDH, dos vereadores Edison Cordeiro, Duda Keller e Jacqueline Ritter, Liliane Braga Luz, Defensora e integrante do Núcleo de Defesa da Mulher da Defensoria Pública do RS, Marcelo Bertussi, Promotor do Ministério Público da comarca de Cachoeirinha, Paulo Abrão, Secretário Municipal de Saúde de Cachoeirinha, Maria de Fátima da Rosa, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Cristiane Feldmann, Professora da Faculdade Cesuca e da Jornalista Graziella Jaques.
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